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Prêmio Coronel Hélio Barbosa Caldas presta homenagem a 11 bombeiros que atuaram no incêndio do Joelma

Prêmio Coronel Hélio Barbosa Caldas presta homenagem a 11 bombeiros que atuaram no incêndio do Joelma

Em 2024, a premiação teve edição especial em memória das vítimas da tragédia que completa 50 anos nesta quinta-feira (1/2)

A Câmara Municipal de São Paulo realizou a entrega do Prêmio Coronel Hélio Barbosa Caldas na tarde desta quinta-feira (1/2). A Sessão Solene foi especial, em memória das vítimas do incêndio do Edifício Joelma, que completa 50 anos em 2024, com homenagens a 11 bombeiros que atuaram na ocorrência.

A solenidade foi aberta pelo presidente do Legislativo paulistano, vereador Milton Leite (UNIÃO). "Eu sou um dos vereadores que mais apoia o Corpo de Bombeiros na cidade de São Paulo e no Estado de São Paulo, solicitando recursos, dando condições para que eventos como o ocorrido há 50 anos não se suceda em outros lugares. Nós conseguimos neste mandato deste parlamentar diversos benefícios na área de infraestrutura, equipamentos, motorização”, disse. Depois, ele passou a presidência da Sessão Solene. "A melhor homenagem que eu posso prestar é passar a presidência da sessão solene ao vereador Bombeiro Major Palumbo”, falou.

O vereador Bombeiro Major Palumbo (PP) enfatizou a coragem de todos no atendimento às vítimas. "Nós sabemos de todas as dificuldades que os senhores passaram. Imagino ficar naquele inferno sem os equipamentos, escutando o pedido de socorro das pessoas. Isso demonstra todo o preparo, toda honra, toda capacidade que os senhores tiveram de estarem presentes ali naquele dia, de estarem presentes para que pudessem tirar aquelas pessoas do perigo, como a gente faz até hoje. Os senhores são os verdadeiros heróis que não usam capas, usam as fardas, que se colocam em perigo”, ressaltou.

Após a execução do hino nacional e da Canção dos Bombeiros, foi pedido a todos os presentes um minuto de silêncio em memória das vítimas do incêndio no Edifício Joelma. "Nós acabamos de homenagear com um minuto de silêncio às vítimas do incêndio. Se, infelizmente, não conseguimos resgatar essas 180 pessoas, nós temos que glorificar as mais de 300 que foram tiradas daquele inferno. E isso continua acontecendo todos os dias, não daquela forma trágica, mas o Corpo de Bombeiros atende no Estado de São Paulo mais de 550 mil ocorrências por ano, realizamos mais de 78 mil salvamentos por ano em acidente de trânsito, em represas, no litoral de São Paulo, em incêndios”, ressaltou o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Victor de Freitas Carvalho.

Homenageados

A premiação foi criada por meio da Resolução nº 6, de 14 de maio de 2009. Hélio Barbosa Caldas (1935-1999), que dá nome ao prêmio, atuou nos incêndios dos edifícios Andraus, em 1972, e Joelma, dois anos depois. Os bombeiros escolhidos são homenageados com a Salva de Prata, uma das honrarias do Legislativo paulistano que reconhece os serviços em prol da sociedade.

Originalmente, a homenagem é prestada somente a cinco integrantes da corporação. Contudo, nesta 15ª edição a Resolução nº 27/2023, da Mesa Diretora, instituiu que em 2024 o evento é em memória ao incêndio do Edifício Joelma, com destaque aos bombeiros que atuaram no controle das chamas e no salvamento às vítimas. São eles:

 1º Sargento Célio Moterani;

1º Sargento Franclin de Jesus Ferreira;

1º Sargento João Simão de Souza;

2º Tenente Pedro Ortiz Cáceres;

1º Tenente Roberto Silva;

1º Tenente Francisco Assis dos Santos;

1º Tenente Luiz Alves Grangeiro;

1º Tenente Rufino Rodrigues de Oliveira;

Capitão Augusto Carlos Cassaniga;

Major Eduardo Boanerges Soares Barbosa;

Coronel Lísias Campos Vieira.

"Em primeiro lugar, eu quero agradecer a Deus por esta oportunidade maravilhosa de estar aqui, após os 50 anos da ocorrência. Em nome de todos os agraciados, todos os bombeiros e profissionais da Polícia Militar, sinto muita honra em receber essa premiação que leva o nome do nosso grande comandante Hélio Barbosa Caldas. Tivemos a oportunidade de trabalhar com ele por anos. É uma honra muito grande e apesar da tristeza do evento, a gente se sente honrado e feliz por ter cumprido com os nossos juramentos ao longo da carreira, em servir a nossa sociedade ainda que a gente arrisque a própria vida”, destacou o coronel Lísias Campos Vieira. Ele representou na tribuna os demais homenageados, que tiveram seus depoimentos transmitidos por vídeo.

O comandante geral da Polícia Militar no Estado de São Paulo, Coronel Cássio Araújo de Freitas, fez um agradecimento aos 11 homenageados. "Fica aqui meu muito obrigado, o meu respeito profundo e o meu entendimento que a nossa instituição é grande, ela é invicta, ela é motivo de orgulho para todos nós, os que não estão mais aqui e para os que virão, e para os nossos familiares. Mas, a nossa corporação não é baseada em máquinas e nem em ferramentas. Tudo isso nos auxilia, mas ela é baseada, antes de mais nada, na vontade de vencer, na vontade de fazer o melhor para o cidadão, que vocês demonstraram e nos deram esse exemplo. Vocês são heróis para mim também”, falou.

Já o secretário de Estado da Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse que o prêmio leva o nome de um visionário. "O coronel Caldas criou equipamentos de salvamentos há mais de 50 anos que são utilizados até hoje pelo Corpo de Bombeiros. São legados que o coronel Caldas nos deixou. Infelizmente, eu não tive o privilégio de conhecê-lo em vida, mas eu tenho certeza absoluta que ele representa, assim como os senhores representam para a instituição, algo grandioso”, comentou.

O trailer do minidocumentário "Joelma, a tragédia que transformou São Paulo”, produzido pelo Legislativo paulistano, através da Rede Câmara SP, também foi exibido durante o evento. O lançamento será na próxima terça-feira (6/2), nas redes sociais da Câmara Municipal.

Também participaram da Sessão Solene os vereadores Rodrigo Goulart (PSD), Rute Costa (PSDB), Coronel Salles (PSD), e Sidney Cruz (SOLIDARIEDADE).

O incêndio

O edifício Joelma, localizado no centro e bem próximo do Palácio Anchieta, sede da Câmara Municipal, começou a pegar fogo por volta das 8h50 do dia 1º de fevereiro de 1974, no 12º andar. Os bombeiros chegaram ao local por volta das 9h10. O incêndio durou mais de 3 horas e destruiu 14 pavimentos, deixando mais de 180 mortos e 300 feridos.

Durante a ocorrência, a sede do Legislativo paulistano serviu como um hospital de campanha para atendimento dos feridos. Várias vítimas foram levadas ao heliponto da Câmara pelo helicóptero da FAB (Força Aérea Brasileira), onde estavam médicos, enfermeiros e estudantes de medicina.

Novo Código de Obras

A tragédia foi crucial para que mudanças na legislação fossem realizadas. O Código de Obras foi discutido e atualizado pelos vereadores de São Paulo e determinou normas específicas para a segurança dos edifícios da cidade, com adaptações aos já existentes e projetos adequados para as novas edificações.

Seminário

A Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo realiza, na próxima terça-feira (6/2), o seminário "50 anos do incêndio no Edifício Joelma – Memórias e Avanços Regulatórios”. O objetivo é discutir a evolução das leis de prevenção de acidentes no Brasil, além de contribuir para conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção de acidentes e da segurança das edificações.

 Créditos: Rede Câmara – SP/ https://www.saopaulo.sp.leg.br/  

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